Felipe Toledo CEO na Camargo Embalagens | Membro do Conselho da ABRE | Board Member of Dscoop Americas
O crime da falsificação cresce — e a embalagem pode ser cúmplice ou escudo.
O título é alarmante, sim — e deveria ser.
Os acontecimentos recentes no mercado de bebidas e alimentos mostram o quanto a falsificação e a adulteração de produtos deixaram de ser exceção. E a embalagem, muitas vezes, é parte do problema. Mas — se bem utilizada — também pode ser a solução.
Segundo matéria da Food Navigator, a falsificação ou adulteração de produtos alimentícios entrou em um patamar crítico: os casos de food fraud aumentaram dez vezes nos últimos quatro anos — e não há sinal de desaceleração.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/ce84kg923ero
Mas o que explica esse aumento?
- Cadeias de abastecimento cada vez mais longas e complexas, com ingredientes de múltiplas origens, dificultam a rastreabilidade e deixam o processo vulnerável.
- Pressões econômicas e aumento de preços tornam a fraude mais atrativa para criminosos em busca de ganhos fáceis.
- Crises e incertezas globais, com mudanças regulatórias e logísticas, criam “janelas de oportunidade” para fraudes.
- Tecnologias de falsificação cada vez mais sofisticadas permitem mascarar adulterações, falsificar documentos, embalagens e rótulos, dificultando a detecção.
A fraude alimentar (ou qualquer fraude) é movida por lucro. E em tempos de crise, essa motivação se multiplica.
A inflação pós-pandemia fez com que produtos do dia a dia — como sabão em pó e café — se tornassem alvos rentáveis para falsificadores.

Matéria completa aqui: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/sp/policia-prende-dupla-em-osasco-por-falsificacao-de-cafe-roupas-e-sabao/
O mesmo alerta vale para o mercado de vitaminas e suplementos.
Segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), 30% dos suplementos alimentares vendidos no Brasil são falsificados, contrabandeados ou apresentam falhas graves na produção.
É possível, literalmente, comprar potes genéricos no varejo e imprimir rótulos adesivos em casa para replicar marcas conhecidas. Mesmo com qualidade muito inferior à da indústria tradicional, essa “facilidade” é suficiente para enganar parte dos consumidores.
Mas há um risco ainda mais grave — e menos discutido: a falsificação de produtos que usam embalagens flexíveis.
Diferente de um frasco ou pote, não é possível replicar uma embalagem flexível impressa e laminada fora de uma indústria. Isso significa que, quando há embalagens desviadas, roubadas, contrabandeadas ou já produzidas com esta finalidade, estamos falando de fraude em escala industrial — e não de pequenos improvisos.
Hoje, já existem tecnologias, controles e certificações capazes de reduzir consideravelmente o risco de fraude — códigos inteligentes (Smart Codes e QR seguros), microtextos e microcódigos, marcas d’água digitais, tintas de segurança invisíveis, etiquetas invioláveis, RFID e NFC — além de certificações, procedimentos internos e auditorias que controlam riscos de fraude.
Nós, na Camargo Embalagens, trabalhamos há anos com estas práticas internas e tecnológicas que eliminam o risco de food fraud — e isso nos ensinou algo importante: A falsificação transformou a embalagem em risco. E o convertedor que provar sua capacidade de proteger a marca do cliente, ganha um novo atributo estratégico que é ser guardião da confiança.
A proteção de marca é hoje o 3º atributo mais valorizado por empresas na hora de decidir sobre impressão de embalagens, e a projeção de crescimento deste mercado é de 5,6% ao ano, mostrando sua relevância crescente.
Sua marca já se preocupa com isso?
Acesse o link para o artigo completo: https://www.linkedin.com/pulse/embalagem-errada-pode-matar-felipe-toledo-es8lf/