Edições do ano foram idealizadas com foco em soluções para a sustentabilidade na cadeia de embalagens. Envelopes que acondicionam a revista Projeto Pack desse bimestre podem ser plantados juntamente com a semente que acompanha a publicação
Com a proposta de trazer soluções com foco na sustentabilidade, a Projeto Pack, publicação bimestral especializada no mercado de conversão e impressão de embalagens flexíveis, etiquetas e rótulos, buscou parcerias para o desenvolvimento de envelopes para o acondicionamento da revista. Das seis edições anuais, boa parte deles foi produzida com a parceria da Camargo Embalagens.
Como explica o diretor da Projeto Pack, Aislan Baer, a ideia teve como foco trazer uma resposta para a questão da sustentabilidade na indústria de embalagem flexível, discutir e propor alternativas viáveis. “Seja por meio de películas mais finas, materiais monocamada, materiais celulósicos, películas cuja formulação ao emprego de reciclados pós-consumo e até materiais compostáveis, é preciso apostar em soluções viáveis para o setor”, diz.
A edição comemorativa de 14 anos da Projeto Pack em revista (maio/junho), vem acompanhada de um semente que pode ser plantada juntamente com seu envelope, pois o mesmo é feito de material compostável. “Queremos proporcionar aos nossos leitores um ciclo completo de vida da embalagem, uma vez que ela satisfaz nossa necessidade imediata de conter, proteger, identificar, embelezar os produtos, sem, contudo, impedir um ciclo completo até seu descarte”, afirma Baer.
Para o diretor da Camargo Embalagens, Felipe Toledo, apoiar ações que disseminem a responsabilidade ambiental em projetos personalizados como o da Projeto Pack vai ao encontro da cultura da empresa, que busca alternativas inovadoras e disruptivas. “O filme utilizado para a fabricação desse tipo de embalagem vem de um recurso renovável, a polpa da celulose que, pela evolução da tecnologia, tem características visuais e técnicas semelhantes ao plástico. A ideia da compostagem é devolver à natureza um recurso que incialmente foi extraído para sua produção, reduzindo assim o impacto e o volume de lixo do pós-consumo, fechando o círculo após a embalagem ter cumprido seu papel que é de proteger e promover o produto”, explica.
Assim, depois de consumidos, os envelopes com as embalagens compostáveis voltam à natureza, “plantadas” e, por não conterem plástico em sua composição, se biodegradam em até 180 dias, seja em usinas de compostagem ou em compostagem doméstica.
Vale lembrar que apenas na cidade de São Paulo são produzidas diariamente uma média de 20 mil toneladas de lixo entre resíduos domiciliares, resíduos de saúde, restos de feiras livres, podas de árvores, entulho etc. Só de resíduos domiciliares são coletados cerca de 12 mil toneladas/dia. Pelo menos 60% de todo o lixo produzido é orgânico e precisa de uma destinação assertiva para evitar maiores riscos ambientais, que é a compostagem.
Hoje a cidade conta com pelo menos 5 pátios de compostagem, mas até 2020 estão previstos pelo menos mais 15 novos. Estima-se que no Brasil existam cerca de 260 usinas de compostagem, que são responsáveis por 4% dos resíduos orgânicos gerados no país (IBGE, 2000; CEMPRE, 2005), concentradas nas regiões sul e sudeste (IBGE, 2010).