Na hora de desenvolver uma embalagem flexível, a escolha do material plástico é um dos fatores mais determinantes para o desempenho do produto. Resistência, barreiras, selagem, sustentabilidade e custo devem ser avaliados com atenção — e três dos materiais mais utilizados nesse contexto são o BOPP, o PET e o PEBD. Entender suas diferenças é essencial para criar embalagens eficientes, seguras e alinhadas às expectativas do consumidor e da indústria.

BOPP (Polipropileno Biorientado)

O BOPP é conhecido por sua excelente transparência, brilho e resistência à tração. É amplamente utilizado em embalagens de snacks, biscoitos, rótulos e outros produtos de alta rotatividade. Além de ser um ótimo substrato para impressão, oferece boa barreira ao vapor d’água e pode ser facilmente laminado com outros materiais, o que o torna versátil em estruturas multicamadas.

PET (Polietileno Tereftalato)

O PET se destaca por sua alta resistência mecânica e térmica, o que o torna ideal para produtos que exigem rigidez, proteção e estabilidade dimensional. Também oferece uma boa barreira a gases, sendo indicado para alimentos que precisam de maior proteção contra oxigênio. Por isso, é comum como camada externa em estruturas laminadas, garantindo integridade e qualidade visual à embalagem.

PEBD (Polietileno de Baixa Densidade)

O PEBD é um dos materiais mais usados em contato direto com alimentos. Sua flexibilidade, resistência ao impacto e boa selabilidade o tornam ideal para sacos, filmes laminados e embalagens monomateriais. Embora não tenha as melhores barreiras a gases, possui boa barreira à umidade e excelente compatibilidade com processos de soldagem, sendo um aliado importante na etapa de fechamento da embalagem.

Como escolher o ideal?

A escolha entre BOPP, PET e PEBD — ou a combinação entre eles — depende de fatores como o tipo de alimento, tempo de prateleira esperado, tipo de transporte e condições de armazenamento. Por exemplo, uma embalagem de biscoito pode utilizar BOPP para impressão e brilho, laminado com PEBD para vedação. Já alimentos que requerem maior proteção contra oxigênio podem ter uma estrutura com PET na camada externa e barreiras adicionais.

Além disso, é importante considerar a reciclabilidade. O uso de estruturas monomateriais (como PE+PE ou PP+PP) tem crescido por facilitar a reciclagem e atender às exigências de sustentabilidade e rotulagem ambiental.

Avaliar o desempenho técnico e logístico de cada material é essencial para desenvolver embalagens que protejam o produto, encantem o consumidor e estejam alinhadas com práticas mais sustentáveis.