Descubra os principais termos usados no universo das embalagens flexíveis e o que eles representam na prática.

Para quem trabalha com desenvolvimento de embalagens, compras, qualidade ou mesmo marketing de produtos embalados, entender a linguagem técnica do setor é essencial. Palavras como “coextrusão”, “laminação triplex” ou “barreira EVOH” aparecem com frequência em especificações, fichas técnicas e reuniões com fornecedores — e nem sempre é fácil acompanhar.

Pensando nisso, reunimos neste glossário alguns dos termos mais usados na indústria de embalagens flexíveis e explicamos de forma prática o que cada um significa.

Filmes flexíveis

São materiais plásticos finos, geralmente em rolos (bobinas), usados na fabricação de embalagens maleáveis. Podem ser simples (monocamada) ou compostos (multicamadas).

Laminação (duplex / triplex)

Processo de unir dois ou mais filmes diferentes para formar uma estrutura com propriedades combinadas. Exemplo: BOPP + PE para reforçar resistência e melhorar a selagem.

Coextrusão

Processo em que diferentes materiais são extrudados simultaneamente, formando um filme multicamada em uma única etapa. Garante boa barreira e rendimento.

Slip (coeficiente de atrito)

Define o “deslizamento” da embalagem. Um filme com alto slip desliza com facilidade; um filme com baixo slip oferece mais atrito. Isso afeta o empilhamento e o manuseio.

Filmes barreira

São filmes que protegem contra agentes externos como umidade, oxigênio, luz e gases. São essenciais para aumentar a validade e preservar o conteúdo.

Monomaterial

Embalagem feita com um único tipo de polímero, facilitando a reciclagem. Exemplo: estrutura 100% PE.

Tratamento corona / plasma

Tratamentos superficiais aplicados nos filmes para aumentar sua aderência à tinta ou a outras camadas. São fundamentais para garantir boa impressão.

Termosselagem

Processo de fechar a embalagem por meio de calor e pressão. Importante para integridade e vedação.

MAP (atmosfera modificada)

Técnica que substitui o ar interno da embalagem por gases como CO₂ ou nitrogênio, prolongando a conservação de alimentos.

Hot tack

Capacidade de a embalagem manter a selagem firme mesmo ainda quente, sem abrir no processo de envase.

Tensão superficial

Mede a “energia” da superfície do filme. Quando ela está baixa, a tinta ou cola não adere bem. É medida em dinas (dyne test).

Shrink / Stretch

Shrink: filme que encolhe com calor (ex: shrink sleeve).

Stretch: filme elástico usado para envolver cargas (ex: filme stretch para paletização).

Espessura (μm ou mil)

A espessura do filme é medida em micrômetros (μm) ou “mil” (milésimos de polegada). Impacta diretamente a resistência e o custo da embalagem.

Polímeros mais comuns

  • PEBD (Polietileno de Baixa Densidade): flexível, bom para selagem.
  • PEAD (Alta densidade): mais rígido e resistente.
  • BOPP (Polipropileno biorientado): brilhante, resistente e bom para impressão.
  • PET (Polietileno Tereftalato): rígido, resistente a calor, ideal para camadas externas.
  • EVOH: usado em barreiras contra gases.

Dominar essa linguagem técnica é fundamental para tomar decisões mais assertivas, reduzir erros em projetos e dialogar melhor com fornecedores. E se você ainda tiver dúvidas sobre a aplicação de algum desses conceitos, fale com nossos especialistas. A Camargo está pronta para ajudar.

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